O mocinho é meio mandão. A heroína, moderninha até demais. Mas a trama Chamas da Vida, que substitui Amor e Intrigas no horário das 21h45 a partir de hoje, na Record, conserva os elementos básicos do folhetim. A autora Cristianne Fridman inovou um pouco, mas sem ignorar o que se espera de uma novela, afinal essa é sua primeira trama escrita sozinha - ela foi co-autora de Essas Mulheres (2005) e Bicho do Mato (2006). Por isso, Chamas traz aventura, humor e romance clássico entre a mocinha rica Carolina (Juliana Silveira) e o mocinho pobre Pedro (Leonardo Brício).
Esse tripé é a aposta da autora para fazer de Chamas da Vida uma novela equilibrada, gostosa de se ver. No entanto, ousadias aqui e ali fizeram com que, às vésperas da estréia, Cristianne sentisse não um friozinho, mas um ?iceberg na barriga?. Tudo porque resolveu priorizar o realismo, tanto nas polêmicas dos coadjuvantes quanto na personalidade dos protagonistas, menos ?perfeitinhos? do que de costume. Eis a maneira encontrada pela roteirista para que o público se identificasse com o pessoal do bem e não como os vilões, como ocorre em várias novelas.
Não que a autora vá deixar a vilania de lado. Pelo contrário: a viúva maldosa Vilma (Lucinha Lins) é sua menina-dos-olhos. ?Acho que as pessoas vão amar odiá-la. Trata-se de uma pessoa doente, com um humor ácido, delicioso.? A autora também vai falar sobre aids, drogas sintéticas e pedofilia pela internet nos núcleos paralelos. ?Apesar de tocar nesses temas, não vou fazer um tratado sociológico, vai ser tudo coerente com a história dos personagens.?
Chamas chega com a missão de levantar a audiência da Record ante A Favorita, da Globo, e Pantanal, do SBT. No elenco estão Antonio Grassi (Walter), Roger Gobeth (Guilherme), Letícia Colin (Viviane), Guilherme Leme (André), Vitor Hugo (Marreta), Dado Dolabella (Antônio), entre outros. As informações são do Jornal da Tarde.